MCT: Do Retrato de Estúdio à Selfie Turística: A Pose Fotográfica

Duração
Candidaturas
Periodo do curso
Custo

O presente curso propõe um percurso pela história da pose em fotografia, desde os primeiros retratos de estúdio até à proliferação da selfie na era digital. Explorar-se-á como a fotografia influenciou e foi influenciada pela cultura de massas, a desestabilização que provocou no sujeito moderno e nas convenções herdadas da pintura.
Será também analisado o papel dos estúdios fotográficos e da fotografia de aparato na construção de imagens formais e de prestígio, assim como a forma como a revolução digital democratizou a produção de imagens e redefiniu a relação entre autoimagem e imagem social. Através de uma abordagem crítica e visual, os participantes serão convidados a pensar sobre o poder da pose como gesto cultural e expressão da identidade ao longo do tempo. Por outro lado, ao tornarmo-nos fotógrafos de nós mesmos, algo de uma presença e de uma relação com outro (o fotógrafo) se perdeu. De que modo pode isso ser sintomático do nosso tempo?
Destinatários
- Pessoas de qualquer área de formação técnica/científica que pretendam aprofundar o seu conhecimento nas áreas da história da Fotografia;
- Discentes com ensino secundário completo (12.º ano) e universitários;
- Profissionais que estejam direta ou indiretamente ligados a áreas do Turismo, ONG’S, Autarquias, Juntas de freguesia, Associações, entre outras.
Condições de Frequência
Este curso rege-se pelo Regulamento da oferta educativa da Universidade Aberta.
Podem candidatar-se:
a) O titular que tenha obtido no mínimo o grau do ensino secundário (12.º ano de escolaridade) ou equivalente;
b) Titulares de residência fiscal em Portugal, durante a frequência da formação.
Critérios de Admissão
1º Ter submetido candidatura completa
2º Ordem cronológica do registo da candidatura
Objetivos
- Compreender a evolução histórica da pose fotográfica, desde os retratos de estúdio oitocentistas até à selfie digital contemporânea;
- Analisar a influência da cultura de massas e da tecnologia fotográfica na construção da identidade visual;
- Reconhecer as convenções visuais herdadas da pintura e o seu impacto na fotografia comercial “burguesa”;
- Estudar o papel dos estúdios fotográficos na encenação da autoridade, da fantasia e da respeitabilidade social;
- Investigar a relação entre autoimagem e imagem social nas práticas fotográficas contemporâneas;
- Problematizar criticamente a selfie como prática cultural, social e tecnológica da era digital;
- Refletir sobre as transformações na relação entre sujeito, olhar e representação visual na cultura da imagem.
Competências
- Capacidade de leitura crítica de imagens fotográficas, identificando elementos formais, contextuais e simbólicos da pose;
- Conhecimento das principais etapas históricas da fotografia e da sua articulação com mudanças sociais, tecnológicas e culturais;
- Aptidão para relacionar práticas fotográficas com questões de identidade, representação e normatividade social;
- Domínio de conceitos fundamentais da teoria da imagem, da visualidade e da cultura visual;
- Sensibilidade estética e analítica para distinguir usos documentais, artísticos e performativos da pose;
- Capacidade de pensar a fotografia como fenómeno interdisciplinar, cruzando história da arte, filosofia, antropologia e media.;
- Competência reflexiva para problematizar a autorrepresentação na contemporaneidade, entre autonomia, vigilância e exposição;
Estrutura Curricular
Módulo 0 – Ambientação Online
Módulo I – Os primórdios da fotografia, a cultura de massas e a identidade pessoal
Módulo II – Qual a expressão adequada para um retrato? A herança da pintura na fotografia comercial “burguesa”
Módulo III – O aparato dos primeiros ateliês fotográficos
Módulo IV – A revolução digital e a difusão da selfie
Módulo V – A pose fotográfica, entre a autoimagem e a imagem social
Formadores
António Martins
Coordenador
José Porfírio
Coordenador
Mariana Costa
Coordenador / Formador