Cidadania e Segurança Online, Prevenir a Ciberviolência: bE_SAFE – 4ª edição

Apresentação

O uso da Internet trouxe liberdade de acesso ao mundo virtual e também novos riscos como a ciberviolência e a ciberviolência sexual, fenómeno crescente com impactos na vida de jovens e crianças, em especial do sexo feminino. Como preparar raparigas e rapazes para este fenómeno, conhecendo-o, compreendendo o seu impacto e sabendo utilizar internet de modo seguro? Esta oficina tratará do equilíbrio entre a liberdade online e a prevenção da ciberviolência sexual; do papel da educação digital na conscientização entre pares e na segurança das comunidades online; do combate à culpabilização e traumatização das vítimas.

Visa ainda aumentar o conhecimento sobre a ciberviolência sexual e capacitar docentes para preparar crianças e jovens para os seus riscos, com informação científica atualizada e aplicação um programa educativo de capacitação de discentes face à ciberviolência.

Esta oferta formativa insere-se no projeto europeu, bE_SAFE – Conscientização sobre a ciberviolência e defesa de um ambiente online mais seguro para raparigas e mulheres, promovido pela Ombudsperson for Gender Equality da República da Croácia com as parcerias do Institute for Social Research in Zagreb, CESI – Center for Education Counseling of Research e Domine, desenvolvido em Portugal pela Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres e pela Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género e em Espanha pelo Lobby Europeo de Mujeres en España.

Conta com a colaboração de especialistas convidadas: Alexandra Silva, Maria Sepúlveda e Elsa Nogueira.

Formação realizada em parceria com a Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres (PpDM) no âmbito do Projeto Europeu bE_SAFE – Conscientização sobre a CIBERVIOLÊNCIA e defesa de um ambiente online mais SEGURO para raparigas e mulheres

(CERV-2022-DAPHNE-101096462-BE-SAFE), promovido pela Ombudsperson for Gender Equality da Croácia e financiado pela União Europeia (UE) no âmbito do Programa Cidadãos, Igualdade, Direitos e Valores (CERV).

Metodologia

A presente ação é lecionada na modalidade de eLearning (assíncrono e síncrono), em ambiente de classe virtual, com recurso a um sistema de gestão de aprendizagem (LMS) – PlataformALV. O termo “classe virtual” aplica-se a espaços organizados onde decorrem interações múltiplas entre docente-formando, formando-docente e formando-formando, criando-se comunidades de partilha de conhecimento e de experiências, onde os formandos são incentivados, através dos vários problemas colocados, a realizarem aprendizagens significativas. A ação de formação tem como quadro geral de referência, em termos de metodologia, um modelo pedagógico baseado nos princípios do construtivismo, da aprendizagem colaborativa e pela resolução de problemas. Sendo uma Oficina de Formação, esta ação tem uma vertente teórica e uma vertente prática de aplicação em trabalho autónomo.

Trabalho autónomo

No trabalho autónomo, a realizar durante 4 semanas, as e os docentes em formação aplicarão, junto das suas turmas, o Programa Educativo sobre Ciberviolência que será disponibilizado na formação e trabalhado nas sessões anteriores. Pretende-se que cada docente, para fins de aplicação, adapte o programa educativo sobre ciberviolência aos níveis etários e características dos seus grupos-turma, habilitando alunas e alunos com competências e recursos que lhes permitam agir se estiverem sob ameaça ou se assistirem ou tomarem conhecimento de situações de violência online. Os processos e resultados deste trabalho de aplicação serão partilhados com o grupo de formação nas sessões seguintes.

Avaliação

Espera-se que durante a oficina de formação cada docente em formação participe ativamente nos fóruns de discussão que serão disponibilizados, bem como nas sessões síncronas previstas, que concretize a aplicação nas suas turmas do Programa Educativo para discentes trabalhado na formação e elabore o respetivo relatório. No início da ação serão fornecidos aos formandos e às formandas os critérios e parâmetros de avaliação. A classificação final resultará da avaliação que for obtida no conjunto das tarefas. Irá ser usada uma classificação qualitativa e quantitativa, de acordo com a redação dada ao nº 3 do artigo 13º do RJFCP, obtida pelo formando ou pela formanda, segundo a seguinte escala de classificações de 1 a 10 valores, devidamente ponderada: – EXCELENTE: de 9 a 10 valores – MUITO BOM: de 8 a 8,9 valores – BOM: de 6,5 a 7,9 valores – REGULAR: de 5 a 6,4 valores – INSUFICIENTE: de 1 a 4,9 valores.

Destinatários

Docentes do 2º e 3.º ciclo e ensino secundário, todos os grupos de recrutamento do 2º e 3.ºciclo e ensino secundário. Para efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8º e no artigo 9º do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão curricular e cientifico-didática de Professores do 2º e 3º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário. ÁREA DE FORMAÇÃO – A) Área da Docência Registo de acreditação – CCPFC/ACC-127688/24

Critérios de Admissão

CRITÉRIOS E PRIORIDADES DE SELEÇÃO

 1. Ser docente do 2º ou 3.º ciclo e/ou ensino secundário com horário letivo atribuído no ano letivo 2025-2026 em escolas das regiões Alentejo, Centro e Área Metropolitana de Lisboa;
2. Grupos de docentes pertencentes à mesma escola ou agrupamento de escolas; 
3. Ser docente do 2º ou 3.º ciclo e/ou ensino secundário com horário letivo atribuído no ano letivo 2025-2026 em qualquer escola do continente e ilhas;
4. Ordem cronológica do registo da candidatura; 
5. Assumir o compromisso de concluir a formação quando tomar conhecimento da aceitação da candidatura.

Número máximo de formandos admitidos: 40

Objetivos

Apoiar docentes no entrosamento entre a Igualdade de Género e a Segurança na Internet, no quadro da Educação para a Cidadania;

Reconhecer o grau de incidência desigual em rapazes e em raparigas da ciberviolência e da ciberviolência sexual;

Capacitar docentes para levar alunas e alunos a compreender os diferentes tipos de envolvimento na violência sexual online: quem é vítima, quem perpetua e quem assiste aos atos de violência;

Sustentar a ação docente para alertar a população discente em relação aos sinais que indiciam a existência de violência sexual online nas relações entre jovens, proporcionando-lhe informação sobre os mecanismos e possibilidades de proteção de quem é vítima deste tipo violência;

Habilitar docentes para conscientizar alunas e alunos para a importância de quem assiste aos atos de violência sexual online e a responsabilidade que lhe cabe na contenção da disseminação e na denúncia deste fenómeno.

Estrutura Curricular

Após um enquadramento teórico de introdução e conscientização da problemática da ação de formação, será promovida a reflexão e aprofundamento sobre as situações de ciberviolência e de ciberviolência sexual, com vista à capacitação das e dos docentes para trabalharem com discentes, com base num Programa Educativo sobre esta temática específica. No final dos três primeiros módulos de formação seguir-se-á uma interrupção da oficina de formação durante a qual as e os docentes em formação aplicarão, em trabalho autónomo, o Programa Educativo sobre Ciberviolência junto das suas turmas. O último momento de formação será destinado à partilha dos resultados da aplicação. 

• Módulo 1 (6 horas: 4h assíncronas e 2h síncronas) Conteúdos: Enquadramento teórico (Estereótipos, sexismo, redes sociais, pegada digital, violência online e violência sexual online – causas, características, formas e impacto em rapazes e em raparigas). 

• Módulo 2 (6 horas: 5h assíncronas e 1h síncrona) Conteúdos: As novas gerações como agentes de mudança; combater a violência online (diferentes tipos de envolvimento na violência online, contenção da disseminação e denúncia). 

• Módulo 3 (7 horas: 5h assíncronas e 2h síncronas) Conteúdos: Violência online nas relações entre jovens (relações saudáveis e abusivas, centralidade do consentimento) 

• Módulo 4 (trabalho autónomo) e 3 horas (assíncronas) de apoio Conteúdos: Aplicação do Programa Educativo bE_SAFE em contexto escolar 

• Módulo 5 (4 horas: 2h assíncronas e 2h síncronas) Partilha dos resultados da aplicação 

Oficina de Formação: 19h assíncronas, 7h síncronas e trabalho autónomo. 

As sessões síncronas serão sempre em regime pós-laboral, entre as 19h e as 21h.

Calendário para as sessões síncronas:

21/10/2025; 30/10/2025; 04/11/2025; 10/11/2025; 11/12/2025; 12/12/2025